quinta-feira, 5 de maio de 2011

No coração da Alma

Por vezes é necessário cruzar os braços e esperar. Esperar receber. Esperar esperar. Esperar sem esperar. Encarar a espera. Aprender a integra-la e ouvir o que tem para nos dizer. Sentir o que tem para nos oferecer. Por vezes é preciso baixar a guarida, recolher a espada e largar as rédeas. Deixar que apenas o destino nos comande.
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Custa a quem luta por tudo o que tem. A quem comanda para não se perder. A quem controla pelo medo. A quem não aspira fantasmas e não tem colchão de nuvens no fim do precipício. A quem não tem trampolim de reversão. Custa a quem dorme sozinha todas as noites e tem medo do escuro. Custa a quem procura a felicidade plena, a quem tem a certeza que chegará.
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Esta espera, não mais faz do que parte integrante deste plano.
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Por isso, cruzei os braços, mas estou atenta. Procuro-te da imensidão do espaço que nos separa e na ínfima distância do amor que sinto que nos une. E é aqui que te encontro. Cá dentro. No coração da minha alma.

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