segunda-feira, 14 de março de 2011

A vida em ponto morto



"As vezes penso como tudo podia ser diferente, como a vida podia sempre correr sobre rodas, sem desvios nem atalhos, sem acidentes desastrados e desastrosos.
Somados os dias e subtraídas as vontades que apenas pesam, a vida podia ser mais leve e deslizar ao sabor dos improvisos das horas.
Às vezes teimo em não compreender ou, talvez melhor, não conseguir aceitar, que no espaço de uma tão curta linha se preencham tantos espaços pintados de cores baças e sem vida.
Às vezes penso como tudo seria diferente se a velocidade do que se faz ou deixa por fazer fosse ditada apenas e só pela do bater de um coração. Utopia!
Outras vezes, resigno-me e aceito que, se é para descer, talvez o caminho se faça melhor em ponto morto.

Até ao dia."

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